segunda-feira, 10 de novembro de 2008

João Silvério Trevisan em Vitória - Confirmadíssimo!!!

Confirmadíssimo!!!!

O escritor, jornalista, dramaturgo e cineasta João Silvério Trevisan estará em Vitória no dia 09/12 para participar do Pluricidade, evento realizado pela Prefeitura Municipal de Vitória. Ele aceitou o convite do Programa Vitória Sem Homofobia para falar sobre os 30 anos do movimento homossexual brasileiro.

Trevisan é um dos fundadores do Grupo Somos – a primeira entidade brasileira de defesa dos direitos dos BGILTTT*. O seu livro Devassos no Paraíso (Ed. Record) é leitura obrigatória para quem quer entender a história do surgimento do movimento LGBT brasileiro. Ele também colaborou com o jornal O Lampião da Esquina, veículo que discutia os direitos e realidade da população BGILTT brasileira em pleno período da Ditadura. Atualmente, ele possui uma coluna na Revista G Magazine.

Polêmico, João Silvério, vire e mexe, emite opiniões que nada agradam algumas lideranças de grupos LGBT organizados. Recentemente, se posicionou contrário à campanha da então candidata à Prefeitura de São Paulo Marta Suplicy devido ao uso de estratégia de marketing eleitoral que punha em xeque a orientação sexual do candidato Gilberto Kassab. Essa atitude nada agradou os ativistas LGBT petistas!!!

Em entrevista para o Jornal do Nuances (agosto/2008), Trevisan avalia que, devido a uma fatalidade histórico-cultural, a comunidade homossexual brasileira possui um baixo nível de politização. Isso é agravado pela postura das lideranças desse movimento que dialogam mais com o poder constituído do que com a comunidade que representa. “É um movimento de elite, feito e voltado para a classe média, em consonância direta com o poder”, diz ele na entrevista.

O evento acontecerá às 19h no auditório da Casa do Cidadão, em Itararé. Um representante do movimento LGBT capixaba deverá dividir a mesa com João Silvério.

Mais informações:
27- 3382-6694
vitoriasemhomofobia@hotmail.com


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Bissexuais, Gueis, Intersexuais, Lésbicas, Travestis, Transexuais e Transgêneros. Optamos por essa ordem de letras na sigla em função da falta de consenso quanto a essa questão por parte do próprio movimento social identitário ao qual o acrônimo se refere. Isso acontece devido à afirmação e à busca de visibilidade por parte das lésbicas e travestis; esses segmentos alegam sofrerem mais violência e discriminação quando comparados com a identidade guei. Parte desse argumento baseia-se na premissa de que o quadro de dominação masculina da sociedade ocidental põe os homens gueis num patamar de prestígio com relação às demais identidades. Ao longo do texto, o acrônimo LGBT será utilizado quando se tratar do movimento social organizado.